Hoje pensei, não vou retomar a questão da falta de docentes e dos vários problemas que afectam os professores e a carreira docente e que se arrastam há décadas. Já está tudo dito. Mas, vá lá, só uma nota pequenina.
O ME afirmou no Parlamento que, dos 1,3 milhões de crianças e jovens que iniciaram a semana passada o ano lectivo, "98% dos alunos têm aulas a todas as disciplinas”. Mais afirmou que "qualquer situação de um aluno a quem falte um professor é de intervenção prioritária”. Acrescentou que todos os outros problemas estão em vias de solução pois o investimento tem sido extremamente significativo e as decisões, claro, acertadas.
Sem estranheza, fontes das
escolas dão uma outra visão da mesma realidade, as necessidades de docentes
estão longe de ser supridas e existem situações espantosas de “desprofissionalização”
ou erros de “casting” por assim dizer, falta de preparação adequada para leccionar
as disciplinas atribuídas.
Afinal nada de estranho, com
problemas que se conhecem de há muito por sucessivas equipas que têm passado
pelo ME.
Só mais uma pequeníssima nota,
Considerando os números referido pelo ME, 2% de alunos sem aulas a todas as disciplinas é um número significativo e, mais do que isso, é um atropelo a um direito fundamental, o direito à educação.
Deixem-se de contabilidade e
discursos manhosos, trata-se de um problema de Direitos.
Mas eu hoje pensei não escrever
sobre estas questões.
Vou plantar umas couves e umas
alfaces, a terra está branda com a chuva que tem caído.
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