Como é habitual nas férias de Verão, os meus netos passam alguns períodos por aqui no Monte. Este ano, dadas as minhas actuais limitações que desejo rapidamente ultrapassadas, andar no tractor, por exemplo, está proibido, as actividades vão sendo adaptadas e o tempo passado no tanque da nascente aumenta e com o calor que tem estado sabe-lhes bem, embora me pareça que as rãs não apreciam a agitação do habitat.
Para ontem, o plano definiu a
apanha de amoras e equipados lá fomos para uma “parede” de silvas que
estabelece um dos limites do Monte.
Não foi tarefa fácil. Primeiro,
porque a secura prolongada e o vento malino levaram a que boa parte das amoras
secassem e poucas cresceram o suficiente, segundo, porque silvas ... são silvas e estas são densas e altas.
Dividimos as tarefas, o Simão,
sempre vontadeiro e afoito, já tem 10 anos como ele se encarrega de lembrar, de
luvas de cabedal, encosta o escadote ao silvado e vai tesourando nas pontas com
amoras que o justifiquem, eu seguro essas pontas, escolho as amoras boas que o
Tomás guarda na tigela.
Como já prevíamos o resultado não
foi brilhante, mas deu para a confecção de um gelado que completou um almoço bem
alentejano e que cá por casa tem grande aceitação, gaspacho com peixe frio e melancia.
Um almoço "top, como dizia o Tomás no qual brilhou, claro, o gelado de amora
fabricado a oito mãos, avós e netos.
E são, também assim, as
aprendizagens essenciais dos dias do Alentejo.
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