Com os apoios do PRR as instituições de ensino superior
poderão apresentar candidaturas que lhes permitam aumentar a oferta formativa.
A oferta contemplará cursos nas “áreas de Ciência,
Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática e pretende-se uma ligação das
instituições de ensino superior a entidades como empresas ou autarquias” conforme notícia do Público.
Os destinatários são jovens e adultos e o grande objectivo é
aumentar o número de cidadãos mais jovens ou já na vida activa com qualificação
adquirida no superior.
Por princípio, entendo que a oferta e promoção de
qualificação é uma boa medida, a qualificação nas sociedades actuais é um bem
de primeira necessidade, mas duas pequenas dúvidas.
Com base no que foi divulgado e também em experiências já
desenvolvidas, uma primeira nota para a ausência das ciências sociais desta
iniciativa, não porque a estranhe, mas porque se mantém esta perspectiva que se
foi instalando de as desvalorizar como formação e profissão. Ainda assim, registo
com agrado a presença das Artes.
Por outro, desejo que esta oferta seja de facto no sentido
da qualificação e não da certificação que, apesar de compor estatísticas, não é
relevante do ponto de vista social e económico e acaba por constituir um “tiro no
pé”, descredibilizando as iniciativas de formação.
A ver vamos.
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