A dureza e imprevisibilidade dos tempos que atravessamos
exigem uma capacidade de adaptação gigantesca das pessoas, grandes e pequenas,
novas e velhas, das famílias, de entidades e empresas de todas as áreas de actividade
em particular das que prestam serviços ou produzem bens imprescindíveis, das
políticas públicas e dos recursos e procedimentos
em diferentes sectores, dos serviços e profissionais de saúde em particular,
mas de muitos outros como a educação ou segurança social, enfim, de toda a
comunidade.
São também tempos exigentes de aprendizagem, de busca de
conhecimento e orientação.
Tenho procurado aceder a informação que me pareça de
referência, a conhecimento com fontes tão seguras quanto possível, a orientações
sustentadas, estar particularmente atento ao que circula nas redes sociais, etc.,
parece-me um caminho necessário até para nos mantermos críticos e atentos.
Neste percurso tenho ficado perplexo. Não imaginava a quantidade
impressionante de especialistas em saúde, em particular de saúde pública, que existia no país. Muita
gente reconverteu a sua anterior área de especialidade, a tudologia, e reciclaram-se,
peroram sobre pneumologia, virologia, infecciologia, saúde pública e gestão de
crises, etc. Acresce ainda, mas sem surpresa, a reconversão das agendas de muitos
destes especialistas colocando esta tragédia ao seu serviço, por vezes, de
forma absolutamente despudorada.
A minha esperança e confiança é que apesar deles vamos ficar
bem ainda que com um preço elevado.
Fiquem bem.
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