No meio da algazarra instalada no Jardim-de-infância devido a uma brincadeira nova dos meninos da sala BE, chamada “moção de censura”, deparei com um trabalho no JN muito curioso. Ficámos a saber que 21.4% dos dirigentes da administração autárquica têm “Excelente” na sua avaliação, enquanto os funcionários com a avaliação máxima não passam de 2.5%. Se considerarmos também a nota de “Muito Bom” a percentagem no caso dos dirigentes passa para 77.8%.
Embora seja relevante saber que a avaliação das chefias se repercute nos salários e no pagamento de prémios não acredito que a inflação de notas elevadas tenha algo a ver com tal relação. De facto, fico muito mais tranquilo quando sei que quase 80% dos dirigentes das autarquias atinge um nível de excelência que nos enche de orgulho.
O problema mais complicado é o que fazer com a cambada de incompetentes que são os funcionários. Essa incompetência traduzida nas avaliações mais baixas deve ser a causa de sucessivas dificuldades, ineficiência, morosidade, etc. dos serviços prestados pelas autarquias.
Neste contexto, não queria estar na pele dos pobres dirigentes que, coitados, são excelentes, mas como o povo diz, sem ovos não se podem fazer omeletas. Que podem eles fazer com as suas altíssimas qualidades se não têm quem as faça brilhar. Mudem-se desde já os funcionários.
5 comentários:
Só acho que este texto é brilhante se me disser que os dois últimos parágrafos são pura ironia!
Pensando bem, digo-lhe que não sou anónimo... estou de volta.
Não digo.
Interessante seria saber quantos desses competentes foram colocados por concurso e quantos foram nomeados pelos executivos municipais. No tempo do Guterres dizia-se que passaria a haver sempre concursos para as chefias... até hoje
Caríssimo Paulo,
Fazes-me lembrar o Gui, o irmão da Mafalda, que andava desconfiado de que os professores dele quando faziam perguntas já sabiam a resposta.
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