No Público divulga-se um estudo sobre o envolvimento em redes sociais. Este estudo que inquiriu indivíduos de 40 países conclui que os portugueses estão em quarto lugar entre os 17 países da Europa que participaram. Têm em média 196 amigos, repito 196 amigos, nas várias redes sociais em que se integram. Considerando o intervalo dos 16 aos 20 anos ascendemos ao segundo lugar, notável.
Estes dados vêm ao encontro da minha experiência mais recente. Nos últimos tempos tenho andado francamente entusiasmado com a quantidade de pessoas que se me dirigem convidando-me para amigo e propondo-me a integração numa rede social. De facto, numa época em que nos referimos, aqui no Atenta Inquietude tenho-o feito com frequência, ao isolamento em que muita gente parece estar, surpreende-me a disponibilidade solidária com que tanta gente encara o risco de eu estar sem, ou com poucos amigos. A surpresa é tanto maior quando verifico que a esmagadora maioria dos convites vem de pessoas que não tenho ideia de conhecer de lado algum.
Já pensei que será gente que assumiu uma espécie de missão em regime de voluntariado na qual se empenham em oferecer amizade a eventuais necessitados. É bonito e cria uma ilusão de esperança na humanidade, afinal as pessoas continuam a empenhar-se na relação com o outro e a preocupar-se com a amizade.
Por outro lado, uma das fórmulas divulgadas "gostava de te adicionar como amigo" é particularmente feliz, eu acho. A ideia de ir somando amigos, chegando a centenas ou, quem sabe, a milhares, permite sonhos de popularidade e amizade nunca antes imaginados. Estou completamente rendido.
Por favor, não desistam de enviar a toda a gente, a mim também, as fantásticas mensagens que contêm os criativos e solidários "gostava de te adicionar como amigo" ou "tituxa enviou-te um Pedido de Amizade".
Bem-haja pela atenção.
1 comentário:
Será que tenho algum problema psicopatológico uma vez que não me enquadro nas estatísticas facebookiana? Chamem-me retrógrada mas continuo a preferir uma boa conversa de café com os amigos de carne e osso pois esses não nos "delitam", "excluem" ou "ignoram".
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