sábado, 18 de julho de 2015

DOS MANUAIS ESCOLARES


Para além dos efeitos, de natureza pedagógica e didáctica da excessiva “manualização” do ensino em Portugal, bem como da utilização de um enorme conjunto de complementos, CDs, cadernos de fichas, cadernos de actividades, etc., os custos para as famílias são brutais apesar da escolaridade obrigatória ser "gratuita”conforme o disposto na Constituição.
Ainda há poucos dias escrevi aqui no Atenta Inquietude e para o Público um texto sobre esta questão.
Continuo a pensar que seria de considerar a possibilidade dos manuais escolares serem disponibilizados pelas escolas e devolvidos pelos alunos no final do ano lectivo ou da sua utilização, sendo as famílias penalizadas pelo seu eventual dano ou extravio e ficando, assim, com "folga" para aquisição de outros materiais, livros por exemplo.
Como é evidente, dentro desta perspectiva, a própria concepção dos manuais escolares deveria ser repensada no sentido de permitir a sua reutilização.
Não esqueço, no entanto, o peso económico deste mercado e como são os mercados que mandam ...
Aliás, os interesses dos mercados não devem ser alheios às situações referidas na queixa do Movimento pela Reutilização dos Livros Escolares.

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