quinta-feira, 28 de maio de 2015

DISCUTIR EM CIRCUITO FECHADO O QUE DEVE FUNCIONAR EM CIRCUITO ABERTO

Realizou-se ontem na Assembleia da República uma Conferência, "Centros de Recursos para a Inclusão", a que, lamentavelmente, a agenda não me permitiu assistir.
Quando recebi o Programa estranhei, disso dei conta a alguns deputados da 8ª Comissão, que num debate sobre a Inclusão, seja lá isso o que for, não estivesse NINGUÉM que representasse verdadeiramente quem deve gerir e responsabilizar-se pela educação de TODOS os alunos, designadamente, no âmbito da escolaridade obrigatória, as ESCOLAS, evidentemente. 
Entendo que é pertinente discutir a problemática  dos Centros de Recursos para a Inclusão, o seu modelo de articulação, necessária, obviamente, com as escolas e outras entidades, as suas funções e competências, o seu financiamento, etc.. Só para dar um grande e urgente exemplo, ainda está em vigor a Portaria 275-A/2012 que é, simplesmente, insustentável e contra os princípio de uma educação inclusiva.
No entanto, esta discussão deveria, obrigatoriamente do meu ponto de vista, envolver as escolas regulares, os seus actores e responsáveis. A presença de representantes de instituições e de professores de educação especial, sendo óbvia, parece-me curta, muito curta. Faria também sentido a presença de pais ou seus representantes.
Penso que se corre o risco de discutir em circuito fechado o que está obrigado em funcionar em circuito aberto, inclusivo.
Assim, é mais difícil promover mudança. No entanto, também já não sei qual o sentido da mudanças pretendida. Ou sei.

Sem comentários: