domingo, 26 de maio de 2024

É PEDIR MUITO?

 Já estamos em plena época das provas de aferição e aproxima-se o tempo dos exames finais.

Gostava que um dia a época de avaliação escolar no final do ano lectivo não fosse notícia diária a não ser a referência à sua realização.

Gostava que um dia a avaliação externa, independentemente das suas modalidades e dispositivos, não fosse o (quase) tudo na vida da escola.

Gostava que um dia os dados das avaliações internas tivessem alguma coerência com os dados da avaliação externa.

Gostava que um dia a avaliação externa, realizada em diversas modalidades e dispositivos ficasse fora da política pequena da partidocracia e dentro da discussão imprescindível sobre as políticas públicas de educação.

Gostava que um dia a avaliação externa decorresse sem perturbações ou ruído como mais uma tarefa a cumprir durante o ano lectivo.

Gostava que um dia se entendesse que mais do que discutir “os exames” talvez fosse de perceber o que se faz com eles, em cada ciclo e no final do secundário.

Gostava que um dia a estabilidade na avaliação fosse a regra e não a excepção.

Gostava que um dia a discussão sobre a dificuldade e a realização dos exames fugisse ao padrão “cada cor, sua sentença”.

...

É pedir muito?

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