O texto de Carlos Ceia no Público, “Mais Professores?”, que só agora coloca algumas questões pertinentes no que concerne ao caminho que parece desenhar-se de alteração nos requisitos de formação inicial para a profissão docente.
Como já tenho abordado, as
dúvidas são grandes e o risco da “desprofissionalização” ou “deskilling” parece real
promovendo uma concepção “empobrecida”, diria “embaratecida” da docência e das
exigências de formação para a função.
Sendo claro e conhecido de há muito
o problema da falta de docentes e da baixa atractividade pela carreira, só mudanças
integradas e não quase que exclusivamente na formação podem sustentar a
atractividade, a estabilidade e, naturalmente, a qualidade da profissão
docente.
Importa considerar matérias como modelo
de carreira, modelo de avaliação e progressão, a valorização do estatuto
salarial dos docentes, a promoção da sua valorização profissional e social ou a
desburocratização do trabalho dos professores, são algumas dimensões a exigir
alterações sérias.
Focar a minimização do sério
problema da falta de professores no abaixamento do nível de formação exigida não
parece o melhor caminho.
PS - Home, sweet home! Estou de volta com a coluna mais direita, carregada de ferragem e terá corrido bem.
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