Foi divulgado o estudo “Da Desigualdade Social à Desigualdade Escolar nos Municípios de Portugal” realizado pelo think tank para a Educação da Fundação Belmiro de Azevedo em parceria com a Nova School of Business and Economics.
Sabendo como existe uma forte
relação entre a desigualdade social e o desempenho escolar o estudo vem mostrar
que os alunos com contextos familiares mais desfavorecidos que frequentam
escolas no Norte e Centro do País apresentam globalmente e de forma bem nítida melhores
resultados escolares que que os alunos com o mesmo perfil de desigualdade
social que frequentam comunidades escolares na área metropolitana de Lisboa ou no
Sul do território.
Estes indicadores que de forma mais
casuística já se conheciam, escolas e agrupamentos que conseguem “contrariar
o destino” de muitos alunos, sublinham isso mesmo, a escola pode fazer a diferença
embora não resolva tudo.
É importante tentar conhecer de
forma mais consistente e validada que variáveis presentes nestes territórios
educativos, podem contribuir e explicar estes resultados.
Não se trata de encontrar
relações de causa efeito, impossíveis de definir, importa considerar o papel de
variáveis como, sem hierarquizar, modelo de liderança, clima institucional, estabilidade e suficiência do corpo docente,
existência e utilização dos recursos humanos e materiais de apoio ao trabalho
educativo, papel dos auxiliares de educação, consistência dos projectos
educativos, dispositivos de apoio regulados e avaliados, dispositivos de
relação entre escola e família, articulação com outras estruturas ou entidades,
entre outras dimensões.
É este conhecimento e a sua
validação que devem sustentar as políticas públicas de educação. Será também desejável que as autarquias possam reflectir sobre os dados conhecidos e a sua função e acção.
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