sábado, 15 de julho de 2023

A ESCOLA PODE FAZER A DIFERENÇA

 Foi divulgado o estudo “Da Desigualdade Social à Desigualdade Escolar nos Municípios de Portugal” realizado pelo think tank para a Educação da Fundação Belmiro de Azevedo em parceria com a Nova School of Business and Economics.

Sabendo como existe uma forte relação entre a desigualdade social e o desempenho escolar o estudo vem mostrar que os alunos com contextos familiares mais desfavorecidos que frequentam escolas no Norte e Centro do País apresentam globalmente e de forma bem nítida melhores resultados escolares que que os alunos com o mesmo perfil de desigualdade social que frequentam comunidades escolares na área metropolitana de Lisboa ou no Sul do território.

Estes indicadores que de forma mais casuística já se conheciam, escolas e agrupamentos que conseguem “contrariar o destino” de muitos alunos, sublinham isso mesmo, a escola pode fazer a diferença embora não resolva tudo.

É importante tentar conhecer de forma mais consistente e validada que variáveis presentes nestes territórios educativos, podem contribuir e explicar estes resultados. 

Não se trata de encontrar relações de causa efeito, impossíveis de definir, importa considerar o papel de variáveis como, sem hierarquizar, modelo de liderança, clima institucional, estabilidade e suficiência do corpo docente, existência e utilização dos recursos humanos e materiais de apoio ao trabalho educativo, papel dos auxiliares de educação, consistência dos projectos educativos, dispositivos de apoio regulados e avaliados, dispositivos de relação entre escola e família, articulação com outras estruturas ou entidades, entre outras dimensões.

É este conhecimento e a sua validação que devem sustentar as políticas públicas de educação. Será também desejável que as autarquias possam reflectir sobre os dados conhecidos e a sua função e acção.

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