quinta-feira, 18 de outubro de 2007

JORNALISMO DE SARJETA E "BOA IMPRENSA"

Há algum tempo atrás, o Ministro Santos Silva inflamou a opinião publicada ao referir-se a um “jornalismo de sarjeta”. Hoje relembrei a expressão ao deparar com a primeira página do “24 Horas” que rezava “Eusébio apanhado com uma mulher pela polícia”. Não entendo como isto pode ser uma “notícia” e, portanto, susceptível de publicação e muito menos entendo a chamada à primeira página. No entanto, o que mais me incomoda e entristece, é acreditar que alguém comprará o jornal atraído por aquela “notícia”.
Outra situação interessante é o facto de o DN referir, também em primeira página e de forma destacada, a publicação na próxima semana de um novo livro de Miguel Sousa Tavares enquanto no mesmo dia e de forma discretíssima se informava que foi atribuído a Gonçalo M. Tavares o mais importante prémio literário brasileiro pelo seu romance “Jerusalém”. Como se percebe, há Tavares e Tavares. Na gíria da comunicação social chama-se a isto ter “boa imprensa”. Não é intelectualmente sério.

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