sexta-feira, 10 de outubro de 2025

A "CHUPETOTERAPIA"

 Ontem, na passagem de olhos pela imprensa tropecei com uma peça no JN absolutamente extraordinária e estimulante.

Ao que parece, com a prestimosa colaboração do TikTok e outras redes sociais, estará a emergir uma extraordinária abordagem para que possamos gerir situações de ansiedade, stresse ou desconforto.

Nada de recorrer a receitas tão prosaicas como “fumar um cigarro, mascar uma chiclete, roer as unhas, respirar fundo, dar uma caminhada”, nada disso.

A grande descoberta para o bem-estar e a auto-regulação estará no uso, pelos adultos, da velha chupeta de borracha que a todos acompanhou em pequenos, isso mesmo a chupeta de borracha.

Como sempre na vanguarda da investigação e inovação, a “chupetoterapia” terá sido em países asiáticos, designadamente, na China, mas, obviamente nos Estados Unidos e no Brasil, o recurso à chupeta está em grande expansão com múltiplos “vídeos de adultos com chupeta a alegar os benefícios”. Julgo até que com a Presidência de Trump, o recurso à chupeta para minimizar stresse ou ansiedade será uma espécie de epidemia.

Ao que parece e dado o conservadorismo dos europeus a chupeta ainda não anda na boca dos adultos por estas bandas. Lá chegaremos, certamente, também não gostamos de ficar para trás em matéria de inovação e bem-estar.

Talvez até não fosse má ideia uma experiência de investigação relativa à gestão de comportamentos desajustados por ansiedade e stresse verificados na Assembleia da República por parte de muitos dos Senhores Deputados.

Na peça, uma psicóloga, apesar de estranhar este recurso comportamental, por assim dizer, diz-nos que “Sabemos que o movimento repetitivo e de sucção, de chuchar uma chupeta, apazigua os bebés, é quase uma primeira sensação de controlo. Enquanto adultos diria que não é a sucção propriamente dita que nos faz ficar calmos, mas é o propósito que colocamos nessa ação. É a ideia de estarmos a controlar a ação”

Considerando os tempos que atravessamos e o que vamos vendo, ouvido e lendo, estou a pensar seriamente na hipótese de recorrer a esta nova abordagem, a "chupetoterapia" para “acalmar os nervos”.

O mundo ensandeceu de vez. Talvez seja de recordar que hoje se assinala o Dia Mundial da Saúde Mental.

PS – Foi mesmo só para fugir à agenda e ao stresse que causa.

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