segunda-feira, 22 de agosto de 2016

DOS ESTÁGIOS PROFISSIONAIS ( Take 2)

A propósito da notícia no JN sobre o alargado esquema de fraude que envolve os estágios profissionais e a exploração de muitas pessoas retomo umas notas de há dias.
"Os estágios profissionais podem, de facto, ser uma interessante e positiva porta de entrada no mercado de trabalho.
O que não pode acontecer, e acontece, é que sejam usados por alguns empregadores como acesso a mão-de-obra gratuita.
O que não pode acontecer, e acontece, é que muitos jovens sejam tentados pela miragem de um contrato de trabalho no fim do estágio profissional e o que os espera é a exploração e uma mão cheia de nada.
O se torna imprescindível uma regulação efectiva do mercado de trabalho, uma política de emprego e legislativa que combata a precariedade.
Uma política de emprego que promova, de facto, emprego, e não formas criativas de mascarar estatísticas.
O acesso a um emprego com um mínimo de estabilidade é uma peça imprescindível à construção de um projecto de vida.
É essa, também, a responsabilidades das políticas. Criarem, no que lhes compete, as condições para que os cidadãos possam construir projectos de vida viáveis e positivos.
Como muitas vezes afirmo e muitos estudos sugerem, o inverno demográfico que atravessamos com uma preocupante baixa natalidade está fortemente associada à dificuldade de muitos jovens construírem e sustentarem projectos de vida em que caibam os filhos."

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