sábado, 20 de agosto de 2016

A CARTA DE CONDUÇÃO E OUTRAS HABILITAÇÕES

Ao que se lê no JN são apanhados diariamente 23 cidadãos a conduzir sem a respectiva habilitação.
Nada de estranho, somos um país de empreendedores, deitamos mão ao que quer que seja que dê jeito independentemente de estarmos preparados para tal desempenho.
Atente-se em boa parte das nossas lideranças políticas, por exemplo, preparação adquirida nas universidades de Verão nas “jotas partidárias”, estágio no aparelhismo partidário e segue-se um trajecto de alpinista social e político.
A habilitação exigida para o exercício de algumas funções é também muitas vezes substituída pela “carta de recomendação” ou pelo cartão com a cor certa.
Às vezes lá vem alguma coisa que corre menos bem, o caso da habilitação do “Dr.” Relvas é um exemplo, mas, lá está, nada de grave, apenas um sobressalto e segue a função.
Aliás, até temos um exemplo bem recente de gente que indigitada para a administração da CGD que foi “chumbada” pelo BCE por falta de habilitações embora há algum tempo, certamente por distracção do regulador, pessoas como Armando Vara ou Celeste Cardona desempenharam essas funções com sólidas habilitações e currículos inquestionáveis.
Enfim, o Portugal dos Pequeninos.

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