sábado, 13 de agosto de 2016

DA GERINGONÇA E DAS SONDAGENS

Já várias vezes tenho aqui referido dados de sondagens divulgadas a propósito de várias questões mas, sobretudo, em matéria de política.
Não duvido, por princípio, da competência com que são realizadas cumprindo os requisitos necessários para garantir a sua fiabilidade independentemente de posteriormente não se verificarem os indicadores das sondagens.
No entanto, também sei que em algumas circunstâncias podem ser contaminadas por agendas de outra natureza e que, como diz Sam The Kid, existe “uma percentagem que a sondagem nunca mostra”.
Serve esta introdução para uma nota sobre uma sondagem realizada para a SIC e para o Expresso relativa à forma como é percebida pelos portugueses a “geringonça” e o seu futuro.
Como dados interessantes, temos que 70.2% dos inquiridos acha que “não devia haver em breve eleições antecipadas”, 64.2% entende que “o Governo ou algum dos seus parceiros não irá provocar eleições antecipadas” e 65% pensa que o Orçamento para 2017 será aprovado.
Esta gente só pode estar enganada. Como é possível que não sigam os discursos diários dos que desde do início da actual solução política decretam o seu fim para o dia seguinte e profetizam a desgraça, não atendam aos fazedores de opinião comandados pela tropa de choque do Observador que explicam todos os dias como já está aí o caos e o inferno vem a caminho.
A gente não aprende mesmo.
Será do calor?

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