quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

A ESCOLA E AS ALTERAÇÕES AMBIENTAIS

O Expresso faz referência a um estudo realizado na Universidade de Coimbra que sugere a existência de má qualidade ambiental no universo de escolas do 1º ciclo que foram estudadas.
Nada de novo, recordo que em 2014 também a DECO encontrou falta de qualidade ambiental num estudo que envolveu 23 escolas.
O ambiente em que se vive e respira nas escolas é de facto uma matéria importante e estes estudos apenas comprovam o que já sabemos, apesar de algum desanuviamento mais recente a qualidade do ambiente, do clima, nas escolas continua, por assim dizer, em alerta vermelho.
Apesar de sucessivas afirmações de normalidade por parte dos responsáveis o ambiente, o clima, vivido nas escolas nos últimos anos, sobretudo a partir da passagem da festiva Maria de Lourdes Rodrigues e com o consulado de Nuno Crato na 5 de Outubro, degradou-se produzindo desânimo, desmotivação, cansaço, stresse e burnout. A degradação ambiental associou-se também à saída antecipada de milhares de professores mesmo implicando a perda significativa de condições económicas que, aliás, afectaram todos os docentes.
Situações como as que têm afectado os docentes, o número de alunos por turma em algumas escolas, a concentração excessiva através da política de mega-agrupamentos, a qualidade de alguns espaços e equipamentos que não couberam na "festa" da Parque Escolar, a falta de auxiliares e técnicos, etc, são também contributos para as alterações climáticas e degradação ambiental no universo escolar.
Acontece que como os estudos e a experiência sugerem o clima institucional é uma das variáveis mais associadas à qualidade de trabalho das instituições, incluindo as escolas. 
Neste cenário de degradação climática são de esperar medidas de protecção ambiental que promovam climas e ambientes de aprendizagem que sejam tão saudáveis, serenos, despoluídos e inclusivos quanto possível.
É uma questão de futuro.

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