quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

OS MERCADOS E O FOGO AMIGO


Hoje voltámos aos mercados. Ao que parece a operação está a assumir contornos positivos com a procura em alta e os juros em queda.
Apesar de saber que o entendimento destas matérias apenas está ao alcance de um restrito grupo de pessoas informadas, formadas e inteligentes, isto é, economistas e lideranças politicas, aqui se regista a ousadia de uma nota disparatada, evidentemente.
É frequente ouvir-se ou ler-se que uma das origens da crise financeira que produziu a crise económica que nos caiu em cima radica na desregulação dos mercados financeiros. Pois bem, a minha opinião, o meu "achismo" mais precisamente, é que os mercados são profundamente regulados, muito inteligentes e racionais no seu funcionamento.
Na verdade e citando o exemplo da oscilação dos juros, os mercados, em cada momento, sobem até onde conseguem aproveitar as circunstâncias e baixam quando precisam para não matar a galinha e ficar sem ovos. Na essência, parece-me esta a questão, os mercados procuram sempre ganhar de acordo com as circunstâncias e independentemente dos efeitos nas pessoas. Isto demonstra uma capacidade reguladora sem falhas.
A questão é outra. Para manter a terminologia, creio que os mercados funcionam sem regulação ética ou moral. A ética e a moral são dispositivos de regulação desconhecidos para os mercados, é coisa de ingénuos, românticos e estúpidos.
Saudemos pois este regresso aos mercados, e sinal de que ainda estamos vivos e ainda não morremos com o fogo amigo, o fogo dos mercados.

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