O DN coloca em primeira página a referência a que quatro
membros do actual Governo foram dirigentes das "jotas" dos
respectivos partidos. De facto, Passos Coelho, Mota Soares, Moreira da Silva e
agora João Almeida, são expoentes importantes e mais visíveis de um grupo que
enxameia gabinetes ministeriais e apresenta como característica comum uma das
formas mais eficazes de progressão social e profissional existentes em
Portugal, a pertença a uma juventude partidária, sobretudo, naturalmente, dos
partidos do chamado arco do poder. Na esmagadora maioria das situações não
apresentam currículo relevante, académico ou profissional, que sustentem as
funções que desempenham.
Nas "jotas" assumiram funções e cargos que os
catapultam para assessores ou deputados e são o início de uma bela e promissora
carreira, numa despudorada utilização da administração pública, central, local
e empresarial para a distribuição de alguns jobs para os promissores boys e
girls. A sociedade portuguesa está cheia de exemplos deste tipo de percursos
nas suas diferentes fases. Curiosamente, António José Seguro percorre o
mesmo caminho.
Este tipo de situações também contribuem para a baixa
confiança que de uma forma geral a classe política merece ao cidadão comum o
que é algo de negativo para a saúde da democracia.
Nesta perspectiva, procurando recuperar uma visão mais
positiva da classe e em jeito de expiação, proponho-vos um pequeno exercício, um
texto interactivo que completarão com os nomes que entendam por bem.
Assim, enquanto cidadão, quero expressar formalmente o meu
reconhecimento a todos aqueles que:
. Depois de carreiras profissionais de sucesso e
reconhecidas pela comunidade, entendem colocar essa experiência ao serviço do
bem comum, como por exemplo, …
. Não ascenderam a lugares políticos tendo uma carreira
exclusivamente dentro do aparelho dos partidos, começando logo nas jotas como,
por exemplo, …
. Não utilizaram o desempenho de cargos políticos para
acederem a colocações profissionais, às quais nunca teriam acesso se não
tivessem um passado político como, por exemplo, …
. Fazem do desempenho político uma prova de seriedade sem
demagogias ou falsas promessas como, por exemplo, …
. Reconhecem tão facilmente um erro seu, como a virtude de
outra opinião ou ideia como, por exemplo, …
. Recusam utilizar o peso político para benefício pessoal,
ou dos que lhe estão próximos, sem a utilização de critérios transparentes
assentes no mérito como, por exemplo, …
. Entendem que na história fica a obra e não o autor como,
por exemplo, …
. Nunca se esquecem que os eleitores são pessoas e não
votos como, por exemplo, …
. Resistem à pressão dos sindicatos de interesses que
conflituam com o bem comum como, por exemplo, …
Se quiserem ter a gentileza de partilhar as vossas
escolhas, poderia ser interessante.
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