É, por assim dizer, uma história estranha, ou não. A consultora KPMG contratada pelo MECI começou a realizar em Novembro de 2024 uma auditoria com o objectivo, entre outros, de apurar o número de alunos que não tiveram professor a todas as disciplinas. A auditoria constituiu um encargo de 52750€ e deveria produzir alguma informação até final do ano lectivo.
Terminada a auditoria, ficámos a saber que não
saberemos o que deveríamos ficar a saber, embora, ao que parece, se tenham produzido
umas ideias sobre como ficarmos a saber o que deveríamos saber após a
realização da auditoria.
Talvez valha pena recordar que o
MECI tem como estruturas: Secretaria-Geral, Inspecção-Geral da Educação e
Ciência, Direcção-Geral da Administração Escolar, Direcção-Geral da Educação,
Direcção-Geral dos Estabelecimentos Escolares, Direcção-Geral de Estatísticas
da Educação e Ciência, Instituto de Avaliação Educativa, Instituto de Gestão
Financeira da Educação, I. P.
Será que nenhuma destas tem
capacidade de resposta para esta questão tão fácil de enunciar, “Quantos alunos
não têm professor a todas as disciplinas?”
Como também já aqui escrevi, talvez
por ignorância minha, seria expectável que as direcções de escolas e
agrupamentos tenham dados seguros sobre a falta de docentes para os seus
alunos.
Nem me parece que para agregar
estes dados seja necessário um sistema altamente sofisticado.
Enfim, uma história típica desta
terra onde acontecem coisas.
1 comentário:
Eles sabem, mas não querem dizer. E dizem que não sabem. Eu penso que eles sabem que os únicos interessados em saber são os professores. Então, desprezo completo. A CONFAP tem chateado alguém com esta ausência de informação? Nada. Tem interrogado ou manifestado alguma preocupação com o assunto? Nada.
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