quarta-feira, 18 de junho de 2025

EXAMES FÁCEIS? EXAMES DIFÍCEIS? EXAMES ADEQUADOS? EXAMES DESADEQUADOS? DEIXEM LÁ VER

 Por estes dias e em matéria de educação é difícil fugir ao tema exames, estamos em plena época alta.

Como sempre, uma das grandes questões em apreço será a maior ou menor dificuldade ou adequação dos exames.

Como é reconhecido, o presidente do Conselho Científico do Instituto de Avaliação Educativa admitiu em tempos numa entrevista que os exames têm sido uma arma privilegiada na gestão política do sistema educativo. Daí a necessidade de que a avaliação externa fosse da responsabilidade de uma estrutura verdadeiramente independente do poder político.

Neste contexto, através da "modulação", por assim dizer, da sua dificuldade, poder-se-á influenciar os resultados no sentido esperado e mais favorável a interesses de circunstância. Este entendimento minimiza o impacto das análises comparativas. Veja-se, por exemplo, a discussão recorrente e raramente consensual sobre o grau de dificuldade e adequação dos exames. Esta discrepância acontece, sem estranheza, até na apreciação do mesmo exame como repetidamente tem acontecido com os exames de Matemática ou de Português, já está a acontecer no deste ano, registando-se diferentes opiniões entre Associações de Professores, ou nas redes sociais em que o universo de especialistas alarga e diversifica a discussão.

Parece claro que resultados escolares mais positivos sustentam o entendimento de venham mostrar que “alunos e professores corresponderam com o seu trabalho” o que contribui para ratificar a “bondade das políticas educativas”, mas os resultados menos positivos alimentam apreciações mais diferenciadas, políticas publicas, aspectos curriculares, tipologia do exame, etc.

Estes discursos aparecerão, evidentemente, sempre embrulhados em referências a rigor e a exigência.

Como dizia o meu estimado Mestre Marrafa aqui no Alentejo, “Deixe lá ver”. Vamos ver como se segue a época de exames.

Em princípio, nada de novo, tudo de velho.

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