Por estes dias e em matéria de educação é difícil fugir ao tema exames, estamos em plena época alta.
Como sempre, uma das grandes questões em apreço será a maior ou menor dificuldade ou adequação dos exames.
Como é reconhecido, o presidente
do Conselho Científico do Instituto de Avaliação Educativa admitiu em tempos
numa entrevista que os exames têm sido uma arma privilegiada na gestão política
do sistema educativo. Daí a necessidade de que a avaliação externa fosse da
responsabilidade de uma estrutura verdadeiramente independente do poder
político.
Neste contexto, através da
"modulação", por assim dizer, da sua dificuldade, poder-se-á
influenciar os resultados no sentido esperado e mais favorável a interesses de
circunstância. Este entendimento minimiza o impacto das análises comparativas.
Veja-se, por exemplo, a discussão recorrente e raramente consensual sobre o
grau de dificuldade e adequação dos exames. Esta discrepância acontece, sem
estranheza, até na apreciação do mesmo exame como repetidamente tem acontecido
com os exames de Matemática ou de Português, já está a acontecer no deste ano,
registando-se diferentes opiniões entre Associações de Professores, ou nas
redes sociais em que o universo de especialistas alarga e diversifica a discussão.
Parece claro que resultados
escolares mais positivos sustentam o entendimento de venham mostrar que “alunos
e professores corresponderam com o seu trabalho” o que contribui para ratificar
a “bondade das políticas educativas”, mas os resultados menos positivos
alimentam apreciações mais diferenciadas, políticas publicas, aspectos curriculares,
tipologia do exame, etc.
Estes discursos aparecerão,
evidentemente, sempre embrulhados em referências a rigor e a exigência.
Como dizia o meu estimado Mestre
Marrafa aqui no Alentejo, “Deixe lá ver”. Vamos ver como se segue a época de
exames.
Em princípio, nada de novo, tudo
de velho.
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