terça-feira, 1 de julho de 2025

O DIREITO A UM ABRIGO

 O dramático problema de habitação, evidencia um direito que não assiste a muitos milhares de pessoas. Políticas públicas, nacionais, regionais e autárquicas sustentaram o drama de quem não tem casa ou vive em situações indignas. O mercado desregulado e sempre insatisfeito completa e aproveita, sem surpresa, evidentemente.

É um direito por cumprir mais de 50 anos depois da data que nos devolveu a esperança, 25 de Abril de 1974, o 25 de Abril.

Desse tempo, alguns recordarão um tema de Sérgio Godinho do álbum “À queima roupa” que se chamava “Liberdade” e que se transformou numa bandeira.

Dizia o Sérgio Godinho que:

(…)

Só há liberdade a sério quando houver

A paz, o pão

habitação

saúde, educação

(…)

Muito caminhámos desde esses tempos, passámos por muitas mudanças, alcançámos o que não julgávamos poder alcançar por mais que agora muita gente queira esquecer ou torcer a história.

Mas muito caminho está por fazer. As situações que se passam no universo da habitação, mas não só, são um atropelo a um direito, um atropelo à dignidade.

A impossibilidade de aceder a um tecto, a um abrigo, deveria ser reconhecida como uma prioridade absoluta em matéria de políticas públicas.

Sem jogos, sem manhosices e com uma regulação que minimize obscenidades económicas que atropelam muita gente e com benefício de muito poucos.

A história não vos absolverá.

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