O dramático problema de habitação, evidencia um direito que não assiste a muitos milhares de pessoas. Políticas públicas, nacionais, regionais e autárquicas sustentaram o drama de quem não tem casa ou vive em situações indignas. O mercado desregulado e sempre insatisfeito completa e aproveita, sem surpresa, evidentemente.
É um direito por cumprir mais de
50 anos depois da data que nos devolveu a esperança, 25 de Abril de 1974, o 25 de
Abril.
Desse tempo, alguns recordarão um
tema de Sérgio Godinho do álbum “À queima roupa” que se chamava “Liberdade” e
que se transformou numa bandeira.
Dizia o Sérgio Godinho que:
(…)
Só há liberdade a sério quando
houver
A paz, o pão
habitação
saúde, educação
(…)
Muito caminhámos desde esses
tempos, passámos por muitas mudanças, alcançámos o que não julgávamos poder
alcançar por mais que agora muita gente queira esquecer ou torcer a história.
Mas muito caminho está por fazer.
As situações que se passam no universo da habitação, mas não só, são um
atropelo a um direito, um atropelo à dignidade.
A impossibilidade de aceder a um
tecto, a um abrigo, deveria ser reconhecida como uma prioridade absoluta em
matéria de políticas públicas.
Sem jogos, sem manhosices e com
uma regulação que minimize obscenidades económicas que atropelam muita gente e
com benefício de muito poucos.
A história não vos absolverá.
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