quarta-feira, 20 de março de 2024

DA RESPONSABILIDADE

 Continuam os alertas e a manifestação de preocupação relativos à dificuldade de realização em forma digital das provas finais do 9º ano e das provas de aferição do 2º, 5º e 8º ano. A preocupação agora expressa presidente da Associação Nacional de Directores de Agrupamentos e Escolas Públicas é maior com as provas do 9º ano devido ao peso que têm na nota final.

A questão é recorrente e ainda tive alguma esperança de que o bom senso e a reflexão sobre o que se passa noutros sistemas educativos que desencadearam uma reflexão e tomadas de decisão relativamente à introdução em termos excessivos dos recursos digitais pudesse contribuir para um maior equilíbrio e prudência na utilização destes recursos, designadamente nos primeiros anos de escolaridade.

Quando são regularmente referidas as dificuldades com equipamentos, insuficiência dos recursos e infra-estruturas seria aconselhável alguma prudência.

No entanto, como há dias escrevia, a tutela, que parece entender que a realidade é a projecção dos seus desejos, insiste na digitalização, na base do “vai correr bem” habitual e, por deslumbramento ou teimosia insiste nas provas digitais, para já no secundário ainda não.

Se a decisão se mantiver e se verificarem problemas e prejuízo para alguns alunos quem se responsabiliza?

Repetindo-me, este processo não podia correr assim, é mau, muito mau.

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