Está um Domingo cabaneiro, como se fala aqui no Alentejo. Algum frio e vento, uma chuva bem chovida a soar no telhado. Da janela vê-se um céu cinzento que contrasta com o verde do pasto e da horta. Do lado de dentro, consola o calor manso da salamandra que sempre nos acompanha nestes dias.
A água é bem-vinda e a terra
agradece. Nós também, a água é a fonte de onde tudo vem. Os velhos como eu
gostam de dizer que está um dia como nos “invernos de antigamente”, conversa de
velho, é claro.
É um tempo que convida a ler
coisas que estavam em lista de espera, a alguma escrita, a ouvir sons menos
habituais, a arrumar o que aguardava oportunidade e disponibilidade, a um café
bem quente.
São assim os dias cabaneiros do
Alentejo … quando temos o privilégio de poder ficar em casa.
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