Segundo dados da Fenprof, referidos no DN, existem cerca de 30000 alunos sem professores quando estamos a três meses de exames nacionais e provas de aferição. Pais e professores das Associações de Professores de Matemática e Português revelam grande preocupação com a situação que será mais um obstáculo e criará situações de forte desigualdade e impacto negativo. O ME não comentou a questão.
Muitas famílias não conseguirão
aceder a ajudas externas e muitas escolas não têm recursos suficientes para minimizar
o impacto deste problema que estava identificado e anunciado há muito.
Sucessivas equipas ministeriais,
por incompetência ou negligência, não desenvolveram medidas que minimizassem a
crónica anunciada.
Lamentavelmente e sem estranheza,
o ME parece enredado num discurso que envolve realidades múltiplas. A habitual
referência a uma espécie de realidade mágica em que tudo está quase bem, pois a
perfeição não existe e uma realidade, esta sim, existente, que expõe as enormes
dificuldades que alunos, professores, técnicos e pais sentem na promoção de um
efectivo direito a uma educação de qualidade e que possa responder à
diversidade e necessidades dos alunos.
É a esta realidade que as
políticas públicas têm a responsabilidade de, primeiro, reconhecer e, depois,
responder.
Que virá a seguir?
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