Mais uma vez, um bom exemplo da profunda convicção de parte da elite política portuguesa no princípio, “eu estou certo, a realidade é que está enganada”. Desta vez o iluminado é o Presidente da Águas de Portugal, Pedro Serra. O relatório do Tribunal de Contas é, no mínimo, arrasador para a sua gestão e para a situação da empresa, concluindo pela sua “debilidade economia e financeira”. Entre muitos aspectos, é referido o facto de, num contexto de dificuldades internas e de prejuízo, terem sido gastos 4,8 milhões de euros em viaturas de serviço, combustível e prémios, perdão, incentivos a elementos da empresa.
Pois o Senhor Presidente acha que o problema está no Tribunal de Contas, que não entende “a natureza do negócio”. Na mesma linha, o Senhor Presidente também considera a atribuição de prémios como perfeitamente normal, mesmo em situações negativas, uma vez que, se quer ter os melhores tem que os incentivar. Melhores? Em quê? A gerir mal? Premiar o fracasso e a incompetência?
Eu creio que estou como o Tribunal de Contas, não entendo a natureza do negócio. Ou se calhar, por pudor, não quero entender.
Pois o Senhor Presidente acha que o problema está no Tribunal de Contas, que não entende “a natureza do negócio”. Na mesma linha, o Senhor Presidente também considera a atribuição de prémios como perfeitamente normal, mesmo em situações negativas, uma vez que, se quer ter os melhores tem que os incentivar. Melhores? Em quê? A gerir mal? Premiar o fracasso e a incompetência?
Eu creio que estou como o Tribunal de Contas, não entendo a natureza do negócio. Ou se calhar, por pudor, não quero entender.
Sem comentários:
Enviar um comentário