domingo, 20 de julho de 2008

"BOA" GESTÃO HOSPITALAR E "REALPOLITIK"

Mas porquê? Fará parte do ADN? É uma questão de escola cultural? É moda? É o destino? Um relatório da Inspecção Geral de Saúde refere que, em 2003 e 2004, se verificou na gestão e administração de Hospitais do Sistema Nacional de Saúde a utilização indevida de 1 milhão e 200 000 €. A verba foi administrada em mordomias diversas para os gestores, sem cobertura legal. Ao que parece, parte dessa verba foi já devolvida pelos competentíssimos administradores, quem sabe com medo de não continuarem ou de não serem “deslocalizados” para outros Conselhos de Administração. E não acontece nada? São inimputáveis? Como entender isto, quando a Administração Fiscal acciona a penhora de vencimentos por dívidas fiscais de menor monta do cidadão comum, sobreendividado? Vergonha!
O Primeiro-ministro fez duas rápidas visitas a dois países irmãos, baluartes da democracia onde se realiza um “trabalho notável” em prole do desenvolvimento e do bem-estar dos respectivos povos, Angola e Líbia. É certo que a necessidade do petróleo e dos negócios exige esta “realpolitik”, mas alguma contenção na linguagem seria mostrar alguma dignidade e sentido de democracia que não se vendem por meia dúzia de barris de petróleo ou uns negócios, por mais importantes que sejam. Depois ficaram ofendidos com o Dr. Bernardino Soares por falar da democracia norte-coreana. Os amigos são para as ocasiões.

1 comentário:

Anónimo disse...

Importa dizer que alguns dos gestores hospitalares se recusaram a devolver o dinheiro.

Quem deve não teme.

A.C.