segunda-feira, 14 de julho de 2008

OS CIDADÃOS E OS PARTIDOS

Quando tanto se fala na qualidade da nossa democracia e do afastamento dos cidadãos da participação cívica e partidária, o Público de hoje refere uma iniciativa que me parece interessante e que pode oferecer alguma mudança na partidocracia em que vivemos. A concelhia do PS de Vila Nova de Famalicão convidou pessoas do concelho, sem filiação partidária, a integrar um Conselho de Acompanhamento Estratégico (não gosto do nome) onde são solicitados a dar opiniões e pareceres sobre as questões concelhias e no âmbito de matérias a que, por formação ou experiência, estão ligadas. Inclusivamente, este grupo de pessoas pode participar nas reuniões da Comissão Política. O líder da concelhia apesar de, obviamente, antecipar algumas reservas face ao funcionamento habitual dos partidos, vê utilidade na iniciativa.
Também eu. Não sendo um alinhado partidário, não me demito de poder ter um contributo de natureza política que se me torna difícil, consequências da partidocracia. Creio que se pudéssemos discutir e participar com ideias em estruturas partidárias, poderiam ser até de diferentes partidos, sem que para tal nos exigissem a militância encartada e alinhada, talvez a representação e escrutínio sobre a vida partidária se alterassem, contribuindo para qualidade e modernização da democracia.

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