sexta-feira, 10 de outubro de 2014

O BRINQUEDO PERFEITO

A LEGO, a conhecida marca de jogos criativos, foi notícia pela sua associação à Shell e por ter sido envolvida numa acção da Greenpeace denunciando a acção devastadora em termos ambientais da empresa petrolífera no Árctico. A LEGO decidiu terminar essa parceria.
Esta notícia sobre a LEGO sugere-me umas notas.
O meu primeiro contacto com este brinquedo foi, creio, há mais de 50 anos, uma garagem com dois pequenos “carochas” que um amigo do meu pai me trouxe de uma viagem ao estrangeiro. Naquele dia os LEGOS começaram a fazer parte da família, até hoje.
Do meu ponto de vista é o brinquedo perfeito. A sua utilização é intuitiva permitindo que o manual de instruções ou a supervisão de alguém só possa ser necessária para réplicas mais sofisticadas. Os bebés com peças LEGO nas mãos rapidamente entendem a forma como brinca.
Contrariamente a muitos outros brinquedos, os LEGOS são mesmo interactivos, qualquer de nós, mais pequeno ou mais velho, transforma um monte avulso de peças coloridas naquilo que entender. Por isso uma outra característica, a imaginação é o limite de uma brincadeira com peças LEGO que a alimentam e estimulam.
É também um brinquedo que permite “trabalhar” em conjunto na construção das mais variadas estruturas.
Uma outra característica muito interessante é o que agora se chama de “amigável”. Quando pegamos em algumas peças LEGO é difícil evitar começar a brincar e experimentar o que aquele conjunto de peças permite fazer.
Por vezes, os adultos, esquecem este notável brinquedo e deixam-se seduzir por coisas de bem pior qualidade mas que, aparentemente, são muito modernos e atractivos.
Lamento, digo-o aqui muitas vezes e contrariando algumas vozes que por aí andam, que os miúdos brinquem pouco, com os LEGOS, por exemplo.
É que as pessoas, algumas pessoas, esquecem que brincar é a coisa mais séria que as crianças fazem.

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