Desculpem a irrelevância face ao que nos rodeia, mas a vida
também é feita de coisas pequenas. E para cada um de nós, as coisas pequenas … raramente são pequenas.
Sempre que passava por ela, ficava a olhar e a pensar em …
Ela nada dizia, mantinha-se imóvel, mas eu sentia que que
ela também pensava em …
São demasiados anos e sempre nos sentimos bem juntos, apesar
de alguns sobressaltos próprios destas andanças.
Hoje, teve de ser.
Olhei para ela por mais tempo que o habitual, enchi-me de coragem
e perguntei-lhe, queres ir dar uma volta?
Ela disse que sim, ela disse que sim, como canta o Sérgio
Godinho
E fomos.
Dois meses e meio depois de uma cirurgia que me deixou a
coluna reforçada com umas peças metálicas, eu e a minha mota fomos dar uma
volta.
Que saudades! O barulhinho único do motor, o vento, a sensação
que só os que a conhecem … reconhecem.
Foi uma prova de vida, soube muito bem, mesmo bem, apesar de
não ter sido uma volta tão longa como gostaríamos.
Que o cirurgião não saiba embora talvez não estranhasse. Seria
uma repetição de um episódio de há alguns anos.
Um dia destes repetimos, ficou prometido.
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