O novo modelo de gestão das escolas proposto pelo ME tem vindo a merecer um acolhimento favorável por parte do Movimento Associativo dos Pais. Esta posição tem sido expressa pela CONFAP, afirmando o seu presidente, Albino Almeida, que “pela primeira vez um Governo pretende a participação dos pais na direcção estratégica das escolas”, “trata-se do maior desafio à participação parental, qualitativa e quantitativamente”, etc.
Quem conhece minimamente o universo das escolas sabe que o nível de participação dos pais na vida escolar, salvaguardando poucas excepções, é baixíssimo e que também as Associações de Pais se confrontam com a fraca participação dos pais e encarregados de educação nas suas dinâmicas de funcionamento, o que não belisca obviamente a sua legitimidade e a imprescindibilidade da sua existência. A participação dos pais na direcção estratégica das escolas, positiva do meu ponto de vista, não se reflectirá substantivamente no que considero essencial, isto é, o envolvimento regular e participado dos pais na vida escolar dos filhos. Esta é que é a grande questão e necessidade, não me parecendo que o pequeno grupo de pais envolvido na Associação e, futuramente, representado na Direcção estratégica da escola, vá assumir grande repercussão naquele envolvimento. Na minha perspectiva, esta representação vai ter mais importância para a gestão dos pequenos poderes do Portugal dos pequeninos, o que constituirá um sério risco de politização da gestão das escolas que o Modelo de Gestão em discussão também parece favorecer. Os pais e encarregados de educação, se mais nada for feito, continuarão longe da vida escolar dos seus filhos. Lamento, mas estou pessimista.
Quem conhece minimamente o universo das escolas sabe que o nível de participação dos pais na vida escolar, salvaguardando poucas excepções, é baixíssimo e que também as Associações de Pais se confrontam com a fraca participação dos pais e encarregados de educação nas suas dinâmicas de funcionamento, o que não belisca obviamente a sua legitimidade e a imprescindibilidade da sua existência. A participação dos pais na direcção estratégica das escolas, positiva do meu ponto de vista, não se reflectirá substantivamente no que considero essencial, isto é, o envolvimento regular e participado dos pais na vida escolar dos filhos. Esta é que é a grande questão e necessidade, não me parecendo que o pequeno grupo de pais envolvido na Associação e, futuramente, representado na Direcção estratégica da escola, vá assumir grande repercussão naquele envolvimento. Na minha perspectiva, esta representação vai ter mais importância para a gestão dos pequenos poderes do Portugal dos pequeninos, o que constituirá um sério risco de politização da gestão das escolas que o Modelo de Gestão em discussão também parece favorecer. Os pais e encarregados de educação, se mais nada for feito, continuarão longe da vida escolar dos seus filhos. Lamento, mas estou pessimista.
1 comentário:
Concordo plenamente consigo no que diz respeito aos pais continuarem longe da vida escolar dos seus filhos.
Em muitos casos a culpa não é dos pais. É do tempo! Os pais não têm tempo! E A ENTIDADE PATRONAL NÃO GOSTA NADA DE COLABORAR.
Os trabalhadores estudantes não têm XIS de tempo obrigatóriamente cedido pela entidade patronal para frequentarem o ensino?
Porque não os pais com filhos que estejam no percurso académico até 12º beneficiarem do mesmo estatuto, desde que provem a colaboração prestada na respectiva associação de pais?
SERIA PEDIR MUITO?
HAVERIA MUITAS EMPRESAS A ABRIR FALÊNCIA?
Saudações
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