O ano começa bem. Há muitos anos que variadíssimos estudos têm identificado a designação das escolas como uma das maiores causas das elevadas taxas de insucesso e abandono que apresentamos. É, assim, de saudar a sábia orientação ministerial de acelerar a renomeação das escolas, eliminando referências de natureza religiosa, obviamente incompatíveis com um estado laico e além disso fomentadoras de dificuldades de ordem vária.
Entendo que o estado da educação torna obviamente prioritária e imprescindível a medida, mas estranho este zelo num Governo que manifestamente aposta na sua milagrosa capacidade. O início do ano, como de costume, fez-se anunciar com aumentos generalizados nos bens e serviços, na sua maioria superiores a 2.1%, a taxa de inflação prevista. Entretanto, o Governo afirma que, com aumentos salariais iguais à inflação e o custo de vida com aumentos superiores, o cidadão vai recuperar poder de compra. É um milagre que torna injustificado o zelo de laicidade no nome das escolas. No entanto, se este for o caminho, então o país entrará em convulsão onomástica. O cidadão não quererá tratar-se no Hospital de Santa Maria em Lisboa ou no de Santo António no Porto. Dificilmente alguém aceitará nascer em Santa Maria dos Olivais, na ilha de São Miguel e até mesmo no Porto Santo. Trabalhar em Santa Maria da Feira ou S. João da Pesqueira está fora de questão. Chegar de comboio a uma acolhedora estação de Santa Apolónia será uma recordação. E que dizer de Vila Real de Santo António que acumula religião com monarquia? Naturalmente acabar-se-á esse resquício de religiosidade inaceitável que é a comemoração do Santo António em Lisboa e do S. João no Porto. Será ainda de pensar o que se fará ao Natal.
Haja sensatez.
PS – Também não se poderá dizer, nem a brincar, que Pinto da Costa é o Papa. A famosa expressão “santos da casa não fazem milagres” deverá ser substituída por “cidadãos da casa não fazem coisas impossíveis” e o Ministro Teixeira dos Santos passará a Teixeira das Pessoas Boazinhas que Antes se Chamavam Santos.
Entendo que o estado da educação torna obviamente prioritária e imprescindível a medida, mas estranho este zelo num Governo que manifestamente aposta na sua milagrosa capacidade. O início do ano, como de costume, fez-se anunciar com aumentos generalizados nos bens e serviços, na sua maioria superiores a 2.1%, a taxa de inflação prevista. Entretanto, o Governo afirma que, com aumentos salariais iguais à inflação e o custo de vida com aumentos superiores, o cidadão vai recuperar poder de compra. É um milagre que torna injustificado o zelo de laicidade no nome das escolas. No entanto, se este for o caminho, então o país entrará em convulsão onomástica. O cidadão não quererá tratar-se no Hospital de Santa Maria em Lisboa ou no de Santo António no Porto. Dificilmente alguém aceitará nascer em Santa Maria dos Olivais, na ilha de São Miguel e até mesmo no Porto Santo. Trabalhar em Santa Maria da Feira ou S. João da Pesqueira está fora de questão. Chegar de comboio a uma acolhedora estação de Santa Apolónia será uma recordação. E que dizer de Vila Real de Santo António que acumula religião com monarquia? Naturalmente acabar-se-á esse resquício de religiosidade inaceitável que é a comemoração do Santo António em Lisboa e do S. João no Porto. Será ainda de pensar o que se fará ao Natal.
Haja sensatez.
PS – Também não se poderá dizer, nem a brincar, que Pinto da Costa é o Papa. A famosa expressão “santos da casa não fazem milagres” deverá ser substituída por “cidadãos da casa não fazem coisas impossíveis” e o Ministro Teixeira dos Santos passará a Teixeira das Pessoas Boazinhas que Antes se Chamavam Santos.
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