terça-feira, 15 de janeiro de 2008

ESTA DELIRANTE PÁTRIA

O desaparecimento recente de duas figuras ligadas ao surrealismo português, Luiz Pacheco e Fernando José Francisco, não impede que o quotidiano em Portugal evidencie a herança surrealista numa versão quase delirante.
Num comunicado publicado na imprensa o Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários apela veementemente ao voto numa das listas concorrentes à Administração do BCP o que aliás os subscritores do comunicado farão. Um sindicato?
Ainda sobre o mesmo tema, o indecoroso processo do BCP, o Dr. Cadilhe depois de uma baixíssima votação na sua lista, pouco mais de 2%, afirmou que ganhou. Com 2% contra 97.76%, ganhou?
Numa publicidade televisiva a uma escola de línguas, Wall Street Institute, um alucinado martela furiosamente dois bifes que entretanto gritam. Alguém conclui que é importante aprender a língua dos bifes. A sério?
Desde Maio de 2006 que os veículos pesados são obrigados a utilizar um instrumento, o tacógrafo digital, que controla velocidade e tempos de repouso. As autoridades policiais não possuem os meios necessários à fiscalização de tais aparelhos. Fantástico.
O impagável Alberto João afirma que só se bate pela autonomia mas caso o superior povo madeirense deseje a independência, lá estará ao seu lado. Eu faço força.
Não percebo como existem pessoas que nos acham cinzentos.

1 comentário:

Anónimo disse...

SURRELISMO
É a expressão do pensamento de maneira expontânea e automática, regrada apenas pelos impulsos do subconsciente, desprezando a lógica e renegando os padrões estabelecidos da ordem moral e social.
Como movimento artístico e literário pode ser sublime.
Aplicado na governação de um País é aberrante: Leva a comportamentos e falhas que o amigo detectou e expressa neste seu caro blog.
Quanto ao sr. Cacique do Jardim Atlântico, tal como voçê, também eu faço força. SE POSSÍVEL DESCOMUNAL!!!
Saudações!