Hoje passei por uma experiência um pouco atribulada. Aconteceu no meu Alentejo, quando ao almoço, com uma tranquilidade de fazer inveja ao Paulo Bento, estava de volta de umas caras de bacalhau e couves criadas aqui no monte. Como sabem, é um petisco que requer vagar e paciência devido às espinhas. Então não é que de repente me aparece o menino guerreiro, o Dr. Santana Lopes, com o ar mais sério que possam imaginar, acho que é aquilo a que estes políticos de aviário chamam de pose de estado, a afirmar que o problema do País é produtividade e, blá, blá, blá e, produtividade e blá, blá, blá. Engasguei-me a sério e vi as caras mal paradas. Este pessoal não se enxerga. Então o rapaz, um dos maiores bluffs das últimas décadas da política à portuguesa, sem especial obra política ou carreira profissional que o recomende para além da animação de comícios e da frequência de eventos sociais, atreve-se a falar de produtividade? O menino guerreiro está a chegar a uma idade em que se espera algum decoro, embora haja sempre a possibilidade de enveredar por uma postura à la Alberto João e então percebe-se o estilo. A ver vamos.
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