segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

BOAS E MÁS NOTÍCIAS

Creio que é mais interessante começar pelas boas notícias. Em 2006, a taxa de mortalidade infantil em Portugal foi a mais baixa de sempre, 3,3 óbitos por mil nascimentos. Para termo de comparação é interessante saber que o melhor registo foi atingido pela Suécia em 2004, 3,1 óbitos por mil nascimentos. Uma excelente notícia. Importante é que, assegurando a vida dos putos, saibamos cuidar deles. Mas isso, é uma outra questão que não refiro para não estragar a boa nova. Segunda boa notícia. O Tribunal Central de Instrução Criminal decidiu levar Isaltino Morais a julgamento com a acusação de corrupção e abuso de poder. Não esqueço que, até à decisão final, deve admitir-se a presunção de inocência, mas é um sinal positivo face à sensação de impunidade em torno deste tipo de crimes e deste tipo de arguidos. Terceira boa notícia. A vacina contra o vírus causador do cancro do colo do útero foi incluída no Plano Nacional de Vacinação. Assim, ainda vou mantendo a esperança no Serviço Nacional de Saúde.
Mas o princípio da realidade obriga também às más notícias. No ensino superior público, 35% dos alunos não termina o curso no tempo previsto. Será interessante avaliar o impacto económico desta situação e considerar que ao superior chegam, em princípio, os alunos mais preparados e que resistiram aos elevadíssimos níveis de insucesso e abandono nos Ensinos Básico e Secundário. Paralelamente, é ainda relevante a informação de que 70% dos licenciados em engenharia civil por cursos não acreditados pela Ordem dos Engenheiros, chumbou no exame de admissão à Ordem. Das duas uma, ou o exame é particularmente difícil ou, mais preocupante, a qualidade da formação destes profissionais dá razão ao facto de a Ordem não acreditar os cursos. O Ministro Mariano Gago deve ter alguma coisa a dizer.

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