De acordo com o último Inquérito Nacional de Saúde de 2005/2006, cerca de 28 % da população portuguesa é afectada por problemas do foro da saúde mental.
Este número, muito elevado mas dentro dos indicadores internacionalmente aceites, traduz-se, creio, num quotidiano cheio de sinais relativos à nossa saúde mental. É o caso da linguagem utilizada. Vejamos alguns exemplos.
O cidadão, o Zé, refere por exemplo que “o mundo tá maluco”, “o tempo anda doido”, “o gajo passou-se, meu”, “o trabalho põe-me doido”, “aquilo é bué da louco”, "tou-me a passar", etc.
O discurso político, sempre presente, diz-nos que o governo é “autista” e/ou "esquizofrénico” (são utilizadas as duas formulações) para além de que faz “discursos delirantes”, que certas análises reflectem alguma “histeria”, que alguns políticos têm “problemas de carácter” ou que “mentem compulsivamente” e, esta é notável, que em Portugal até existem “regiões deprimidas”. Como último exemplo, temos um Presidente de Governo Regional, o famoso Alberto João, que frequentemente é referido como “inimputável” que, por sua vez, afirma que o Primeiro-ministro tem uma “obsessão” que precisa de tratar.
Só 28 %? É extraordinário.
Este número, muito elevado mas dentro dos indicadores internacionalmente aceites, traduz-se, creio, num quotidiano cheio de sinais relativos à nossa saúde mental. É o caso da linguagem utilizada. Vejamos alguns exemplos.
O cidadão, o Zé, refere por exemplo que “o mundo tá maluco”, “o tempo anda doido”, “o gajo passou-se, meu”, “o trabalho põe-me doido”, “aquilo é bué da louco”, "tou-me a passar", etc.
O discurso político, sempre presente, diz-nos que o governo é “autista” e/ou "esquizofrénico” (são utilizadas as duas formulações) para além de que faz “discursos delirantes”, que certas análises reflectem alguma “histeria”, que alguns políticos têm “problemas de carácter” ou que “mentem compulsivamente” e, esta é notável, que em Portugal até existem “regiões deprimidas”. Como último exemplo, temos um Presidente de Governo Regional, o famoso Alberto João, que frequentemente é referido como “inimputável” que, por sua vez, afirma que o Primeiro-ministro tem uma “obsessão” que precisa de tratar.
Só 28 %? É extraordinário.
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