O alargamento da escolaridade obrigatória para os 12 anos agora presente no discurso do Governo e constante do seu programa é uma exigência decorrente do nível de qualificação requerido pelas sociedades mais desenvolvidas. Trata-se, pois, de algo absolutamente necessário considerando também os níveis baixíssimos de escolarização pós-básico da população portuguesa quando comparados com os restantes membros da UE.
Neste processo de alargamento gostava de referir dois aspectos interligados que me parecem essenciais no sentido de conseguir melhores patamares de eficácia e qualidade.
Em primeiro lugar a oferta educativa pós-básica tem ser diferenciada. O sistema educativo português esteve demasiado tempo orientado para o prosseguimento de estudos, ou seja, o processo de escolarização obrigatória apenas preparava para…continuar na escola. Face à falência deste modelo com taxas de abandono e insucesso insustentáveis e numa atitude reactiva típica da ausência de projectos políticos consistentes e estáveis, assistimos a uma série de iniciativas que, apesar de bem-intencionadas, estariam condenadas pois foram socialmente (famílias e jovens) mal percebidas e operacionalizadas deficientemente. O ensino recorrente foi um bom exemplo. Tínhamos assim e simplificando, “o sistema quer que todos estudem o mesmo durante o mesmo tempo e para os que não conseguirem temos aqui uma saída que também não é má”. O programa Novas Oportunidades apesar dos seus méritos assenta na mesma ideia, isto é, como “as primeiras oportunidades não correram bem temos aqui umas novas, pode ser que agora resultem”.
A questão central é estruturar diversas vias de qualificação que possam conduzir os jovens à formação de nível superior (universitária ou politécnica) ou, de acordo com os seus projectos de vida, à entrada mais precoce no mercado de trabalho com um conjunto de competências profissionais. Esta diversificação está a acontecer com o alargamento dos cursos profissionais mas, e isto é que me parece importante, torna-se necessário um trabalho sólido de informação e esclarecimento no 3º ciclo envolvendo alunos e famílias para que as escolhas sejam informadas e proactivas, esbatendo a ideia, ainda frequente, de que “vai para cursos profissionais quem não tem jeito para estudar”.
PS – Hoje ouvi o Dr. Marques Mendes perorar sobre os males da educação nos últimos 30 anos. É bom lembrar que em bem mais de metade deste período o PSD tutelou directa ou indirectamente a pasta. Mas em política, memória, seriedade intelectual e auto-crítica são traços em vias de extinção.
Neste processo de alargamento gostava de referir dois aspectos interligados que me parecem essenciais no sentido de conseguir melhores patamares de eficácia e qualidade.
Em primeiro lugar a oferta educativa pós-básica tem ser diferenciada. O sistema educativo português esteve demasiado tempo orientado para o prosseguimento de estudos, ou seja, o processo de escolarização obrigatória apenas preparava para…continuar na escola. Face à falência deste modelo com taxas de abandono e insucesso insustentáveis e numa atitude reactiva típica da ausência de projectos políticos consistentes e estáveis, assistimos a uma série de iniciativas que, apesar de bem-intencionadas, estariam condenadas pois foram socialmente (famílias e jovens) mal percebidas e operacionalizadas deficientemente. O ensino recorrente foi um bom exemplo. Tínhamos assim e simplificando, “o sistema quer que todos estudem o mesmo durante o mesmo tempo e para os que não conseguirem temos aqui uma saída que também não é má”. O programa Novas Oportunidades apesar dos seus méritos assenta na mesma ideia, isto é, como “as primeiras oportunidades não correram bem temos aqui umas novas, pode ser que agora resultem”.
A questão central é estruturar diversas vias de qualificação que possam conduzir os jovens à formação de nível superior (universitária ou politécnica) ou, de acordo com os seus projectos de vida, à entrada mais precoce no mercado de trabalho com um conjunto de competências profissionais. Esta diversificação está a acontecer com o alargamento dos cursos profissionais mas, e isto é que me parece importante, torna-se necessário um trabalho sólido de informação e esclarecimento no 3º ciclo envolvendo alunos e famílias para que as escolhas sejam informadas e proactivas, esbatendo a ideia, ainda frequente, de que “vai para cursos profissionais quem não tem jeito para estudar”.
PS – Hoje ouvi o Dr. Marques Mendes perorar sobre os males da educação nos últimos 30 anos. É bom lembrar que em bem mais de metade deste período o PSD tutelou directa ou indirectamente a pasta. Mas em política, memória, seriedade intelectual e auto-crítica são traços em vias de extinção.
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