Há algum tempo que tem vindo a emergir a questão da liberdade de educação, isto é, a possibilidade dos pais poderem escolher a escola dos filhos. Esta discussão é, quase sempre, centrada na questão ensino público vs ensino privado. No entanto, é bom não esquecer que mesmo entre escolas públicas, as crianças devem frequentar a escola da sua área de residência pelo que a escolha é também limitada. Mas consideremos a questão do acesso a escolas privadas que remete obviamente para os custos. Dizem os defensores do que consideram “liberdade de educação” que as famílias poderiam aceder a um “cheque-educação” e, assim, suportar a frequência de escolas privadas.
Sabendo todos como muitas escolas privadas são altamente selectivas na população que servem, só por ingenuidade ou demagogia poderemos acreditar que a filha da D. Maria, funcionária da limpeza no Centro Comercial, entra no colégio que escolher só porque no fim do mês o “cheque-educação” pagará o custo da mensalidade. Não, sejamos sérios. A melhor forma de proteger a liberdade de educação é uma fortíssima cultura de qualidade e exigência na escola pública e uma acção social escolar eficaz e oportuna. Assim teremos mais facilmente boas escolas, públicas ou privadas.
A este propósito, ontem num trabalho do Público sobre o início do ano lectivo, foi referida uma família, bastante numerosa, oito filhos o que em tempos de crise demográfica é de saudar, que optando por escolas privadas, desembolsou 26 000 € pela anuidade de todos os filhos obtendo, no entanto, algum apoio da acção social escolar. O que eu acho verdadeiramente notável é que os pais afirmaram preferir escolas privadas, uma masculina para os filhos e outra feminina para as filhas “para dar continuidade ao ambiente familiar”. Um ambiente familiar organizado por género?
Sabendo todos como muitas escolas privadas são altamente selectivas na população que servem, só por ingenuidade ou demagogia poderemos acreditar que a filha da D. Maria, funcionária da limpeza no Centro Comercial, entra no colégio que escolher só porque no fim do mês o “cheque-educação” pagará o custo da mensalidade. Não, sejamos sérios. A melhor forma de proteger a liberdade de educação é uma fortíssima cultura de qualidade e exigência na escola pública e uma acção social escolar eficaz e oportuna. Assim teremos mais facilmente boas escolas, públicas ou privadas.
A este propósito, ontem num trabalho do Público sobre o início do ano lectivo, foi referida uma família, bastante numerosa, oito filhos o que em tempos de crise demográfica é de saudar, que optando por escolas privadas, desembolsou 26 000 € pela anuidade de todos os filhos obtendo, no entanto, algum apoio da acção social escolar. O que eu acho verdadeiramente notável é que os pais afirmaram preferir escolas privadas, uma masculina para os filhos e outra feminina para as filhas “para dar continuidade ao ambiente familiar”. Um ambiente familiar organizado por género?
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