domingo, 9 de setembro de 2007

PRIMEIRO OS TUDÓLOGOS, AGORA OS PALPITÓLOGOS

O meu Alentejo permite-me ter uma boa parte do fim-de-semana em que os jornais e tv/net não marcam presença. Quando chego e dando seguimento a uma forma de dependência, ponho a “escrita em dia” olhando para jornais e televisão. Do que eu me livrei durante os últimos dias. É certo que o que vi e li depois me deixou mais preocupado do que é costume.

Então não é que para além dos já habituais “tudólogos” que falam sobre qualquer assunto como uma desenvoltura que me põe a auto-estima de rastos, emergiu outra espécie que completa a primeira e nos alarga os horizontes a qual vou designar por “palpitólogos”, ou seja, uma sub-espécie de “tudólogos que se especializa em “palpites” sobre tudo. Esta sua extraordinária capacidade permite-lhes com a maior das facilidades criar cenários, antecipar acontecimentos ou situações, interpretar sem qualquer ponta de hesitação o mais complexo quadro, imaginar o inimaginável, tudo isto recorrendo a palpitantes discursos. Trata-se de uma questão de coerência, para suportar uns “palpites” nada melhor que um discurso palpitante.

Deixou-me agoniado.

1 comentário:

t. disse...

Ontem, no debate que a RTP promoveu, algumas considerações oportunas e, lamentavelmente, a enorme vontade de fazer "especialistas" dizerem o que a opinião publica e o senso comum quer ouvir!

Que necessidade é esta de "SANGUE" para saciar a sede? É pura ignorancia, vontade de fechar os olhos ao nosso mal e "cobiça" ao mal alheio, ou somos todos vampiros e nós sabemos?