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Considerando a turbulência política que caracteriza o nosso quotidiano, sabem-me sempre bem os relaxantes momentos proporcionados pela análise do que acontece nos dias de eleições, seja de que natureza for, e nos dias com greves agendadas, seja qual for o seu âmbito.
Esta tranquilidade advém do facto de nestes dias se estabelecerem verdadeiros consensos entre os interesses em conflito. O mais estimulante é que o consenso se estabelece em torno da ideia de que… ganharam todos. Ele há coisas fantásticas não
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há? Foi o caso verificado com a greve geral de hoje, ou parcial, ou total, ou o que acharem por bem. As entidades representantes dos empregadores, incluindo a administração, afirmam que se registou um bom resultado pois a iniciativa não teve a adesão referida e ou esperada, não teve impacto significativo na vida das comunidades, que fica evidente a aceitação das políticas seguidas, etc. Por outro lado, as estruturas representativas dos trabalhadores informam-nos que a adesão correspondeu às expectativas, que os trabalhadores mostraram o seu descontentamento, que o movimento sindical obteve mais uma retumbante vitória, etc.
É. As histórias ficam sempre mais bonitas quando todos se sentem bem, quanto mais não seja… até amanhã.
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