Segundo dados da Comissão Nacional de Protecção de Crianças e Jovens em Risco, um quarto dos responsáveis pelos menores envolvidos nos processos instaurados em 2006, 25209, têm menos de 18 anos. A estes dados creio ser interessante juntar um indicador retirado do Estudo HBSC – A Saúde dos Adolescentes Portugueses divulgado em 2006. Na população adolescente inquirida, 18,2 % afirmam-se sexualmente activos e, de entre estes, 82% das raparigas referem os 14 anos ou mais para o estabelecimento da primeira relação sexual.
Esta realidade mostra o enorme desafio social que constitui a saúde dos adolescentes, neste caso, relativa à sexualidade e risco acrescido de maternidade.
A expectativa de um comportamento sexual regulado em função do “não devo” associado ao pecado, parece em falência. A expectativa de um comportamento regulado em função do “não quero”, pode parecer ingénua actualmente. A expectativa de um comportamento regulado pelo “quando quiser, será assim” parece adiada e carece de auto-regulação e (in)formação. Cremos que a minimização deste quadro, aliás como em outros aspectos relativos a comportamentos saudáveis dos adolescentes e jovens, reside exactamente nestes dois eixos, autonomia e (in)formação, isto é, jovens que decidem sobre os seus comportamentos tendo acesso e dominando os recursos necessários à decisão. Já não é o tempo de discursos mais ou menos conservadores, mais ou menos liberais, mais ou menos demagógicos, mais ou menos paternalistas e desculpabilizantes, mais ou menos etc. É o tempo urgente da educação assente na auto-determinação, cujas bases são a formação e a informação.
Esta realidade mostra o enorme desafio social que constitui a saúde dos adolescentes, neste caso, relativa à sexualidade e risco acrescido de maternidade.
A expectativa de um comportamento sexual regulado em função do “não devo” associado ao pecado, parece em falência. A expectativa de um comportamento regulado em função do “não quero”, pode parecer ingénua actualmente. A expectativa de um comportamento regulado pelo “quando quiser, será assim” parece adiada e carece de auto-regulação e (in)formação. Cremos que a minimização deste quadro, aliás como em outros aspectos relativos a comportamentos saudáveis dos adolescentes e jovens, reside exactamente nestes dois eixos, autonomia e (in)formação, isto é, jovens que decidem sobre os seus comportamentos tendo acesso e dominando os recursos necessários à decisão. Já não é o tempo de discursos mais ou menos conservadores, mais ou menos liberais, mais ou menos demagógicos, mais ou menos paternalistas e desculpabilizantes, mais ou menos etc. É o tempo urgente da educação assente na auto-determinação, cujas bases são a formação e a informação.
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