sábado, 5 de julho de 2008

UMA CRÓNICA ATÍPICA

Este texto nasce numa situação completamente atípica, está a ser escrito num quarto de hospital, ainda que numa situação de acompanhante. Nestas circunstâncias é mais ou menos previsível que se nos coloquem interrogações em torno da nossa fragilidade e vulnerabilidade. Será também de esperar que tenhamos uma percepção mais nítida de estados de bem-estar e mal-estar, de saúde e de doença.
É certo que não consegui fugir a esta previsibilidade, mas o que pareceu mais estranho e, de certa forma, dissonante é que estou num quarto de hospital ao lado de alguém que não quis deixar só, sentado com o portátil à frente, ligado ao mundo através da net, a ouvir baixinho a notável “Elegia” de Paolo Conte e a dizer-vos isto.
Alguma vez esta circunstância poderá fazer parte do SNS e, portanto, tornar-se acessível à generalidade dos cidadãos?

1 comentário:

Anónimo disse...

As melhoras para os dois.

abraço
A.C.