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Nestas ocasiões aparece sempre algum optimismo traduzido na desgastada fórmula “agora vai” ou na sua variante “desta é que é”. A idade deveria dar-nos a sabedoria suficiente para entender que a realidade não é a projecção dos nossos desejos, mas… por uma vez, mais uma vez…
Vou acreditar que os Programas de Intervenção Precoce serão eficazes, desempenhados por quem está preparado e dirigidos a todas as crianças que necessitam e não apenas às “elegíveis” com base em critérios anacrónicos;
Vou acreditar que as políticas educativas assentarão no princípio de que todas as crianças e jovens vão ter uma educação de qualidade apropriada às suas necessidades;
Vou acreditar que as políticas sociais protegerão os direitos básicos das pessoas com deficiência e das suas famílias, assegurando os dispositivos de apoio e os recursos necessários a padrões aceitáveis de qualidade de vida;
Vou acreditar que os processos educativos assentes num sólido e eficaz princípio de inclusão contribuirão para formar indivíduos solidários e atentos para quem o outro não é transparente.
Será que vou mesmo acreditar?
(Foto de Isaurinda Brissos)
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