
Mas a questão que me parece de sublinhar prende-se, sobretudo, com a natureza do Programa destinado a pessoas com mais de 17 anos e que tenham no mínimo três anos de experiência profissional ou frequentado o Secundário há mais de 3 anos sem o concluir. Portugal tem uma das mais baixas taxas de escolarização de nível secundário de toda a União Europeia o que obviamente exige um enorme esforço de qualificação da população que se traduz no objectivo de em 2010 ter cerca de 650 000 pessoas com certificação de Ensino Básico e Secundário em 500 Centros de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências (CRVCC). Se este objectivo parece importante, torna-se igualmente necessário que o processo seja efectivamente regulado na certificação pois, três anos de experiência profissional eventualmente não qualificada podem ser manifestamente insuficientes para atribuição de equivalências o que descredibilizaria todo o Programa e, mais grave, os próprios sujeitos envolvidos e a sua competência.
Como dizia Miguel Torga, a carne é fraca e a pressa de mostrar resultados pode ser uma tentação.
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