sexta-feira, 18 de março de 2016

DOS ESTÁGIOS PROFISSIONAIS

O Secretário de Estado do Emprego afirma em entrevista ao Público, “Não faz sentido diabolizar os estágios profissionais.”
Estamos de acordo, os estágios profissionais podem ser uma interessante e positiva porta de entrada no mercado de trabalho.
O que não pode acontecer, e acontece, é que sejam usados por alguns empregadores como acesso a mão-de-obra gratuita.
O que não pode acontecer, e acontece, é que muitos jovens sejam tentados pela miragem de um contrato de trabalho no fim do estágio profissional e o que os espera é uma mão cheia de nada.
O se torna imprescindível uma regulação efectiva do mercado de trabalho, uma política de emprego e legislativa que combata a precariedade.
Uma política de emprego que promova, de facto, emprego, e não formas criativas de mascarar estatísticas.
O acesso a um emprego com um mínimo de estabilidade é uma peça imprescindível à construção de um projecto de vida.
É essa, também, a responsabilidades das políticas. Criarem, no que lhes compete, as condições para que os cidadãos possam construir projectos de vida viáveis e positivos.
Como muitas vezes afirmo e muitos estudos sugerem, o inverno demográfico que atravessamos com uma preocupante baixa natalidade está fortemente associada à dificuldade de muitos jovens construírem e sustentarem projectos de vida em que caibam os filhos.

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