terça-feira, 1 de março de 2016

A HISTÓRIA DA MARIA

A conversa de hoje com um entusiasmado e entusiasmante grupo de gente jovem que está em formação para trabalhar no universo da educação levou-me a recordar a história da Maria.
A Maria era uma menina com 10 anos e não era muito bonita. Há meninos assim, não são bonitos.
A Maria também não era muito boa aluna, os colegas tinham sempre melhores notas que ela. E até se esforçava. Há meninos assim, não têm boas notas e até se esforçam.
Às vezes tinha dúvidas, os professores ajudavam, mas como era pouco tempo ainda ficava sem saber algumas coisas.
Queria e tentava fazer os trabalhos de casa, mas o pai e a mãe não sabiam ajudar porque tinham andado na escola pouco tempo e o irmão era mais novo. A Maria era uma miúda triste.
Um dia a Professora perguntou-lhe porque estava quase sempre assim triste.
Escondida atrás de uns olhos grandes, esses sim, muito bonitos mas tristes disse baixinho: “Eu nunca tive um bom, nem mesmo um bom pequeno. Gostava tanto de ter um”.
Umas aulas depois, a professora avisou que iria realizar uma prova, um teste. A Maria ficou assustada. Como sempre.
Depois de o fazer, achou que tinha corrido bem. Quando a professora devolveu os trabalhos a Maria viu escrito em letras gordas, Bom, Grande. Os olhos que já eram grandes, ficaram maiores, até ela se sentia mais crescida.
Os pais contaram aos vizinhos. A Maria, podia não ter sempre notas tão altas como outros colegas, mas já tinha tido um Bom. Um Bom Grande, aquele Bom Grande. A Professora também ficou Grande. Amiga.

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