segunda-feira, 19 de novembro de 2012

OS TIROS DOS SUBMARINOS, JUSTIÇA AO FUNDO

Começa hoje a cumprir-se mais um episódio da eterna e certamente inconclusiva saga conhecida pelo “O negócio dos submarinos”.
Os episódios anteriores foram marcados por enorme surpresa preparada pelos argumentistas, o desaparecimento da papelada relativa ao negócio o que faz correr o sério risco de comprometimento das investigações.
Nada de extraordinário, do meu ponto de vista, as investigações estavam comprometidas à partida, estamos em Portugal. Relembro que na Alemanha, o pessoal envolvido neste esquema já foi julgado e condenado, na Grécia o processo desenvolveu-se com a acusação dos responsáveis e nós por cá, como de costume, andamos aos papéis com eles desaparecidos e realizamos umas investigações e julgamentos que ninguém acredita que terminem com alguma condenação, ou seja, tal como acontecia nas nossas míticas batalhas navais jogadas nas aulas, não passam de tiros na água.
De forma curiosa e mais preocupante é que estes tiros na água abrem mais um rombo no casco do porta-aviões da confiança na justiça e em boa parte da classe política.
Acresce que de quem se espera que seja parte da solução é, na verdade, parte do problema, resultado, justiça ao fundo.

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