terça-feira, 23 de dezembro de 2008

O MUNDIAL IBÉRICO DO DR. MADAIL, O ETERNO

Não entendo. Num momento em que atravessamos uma das situações mais complicadas da história recente do mundo, essa figura mítica da cena portuguesa, o Dr. Gilberto Madail, mais conhecido pelo Eterno, começou a acalentar a ideia de, em conjunto com a Espanha, candidatar Portugal à organização do Mundial de Futebol de 2018. A irresponsabilidade, aqui sim é irresponsabilidade, não é o aumento do salário mínimo, é que o Governo pondera “a disponibilidade” para tal efeito, disse o Dr. Sócrates II, Pedro Silva Pereira. Depois do faraónico Europeu de 2004 que deixou uma herança de estádios às moscas e exorbitantes custos de manutenção sem proveito, agora seria um Mundial, uma desgraça nunca vem só. Se ainda cá tivesse o Sr. Scolari e a Nossa senhora do Caravaggio mais o Murtosa, lá viria a conversa sobre a nossa auto-estima, a capacidade de realização dos portugueses e a mobilização nacional, as bandeiras na janela e o Rónaldo a querer dar alegrias aos portugueses. Tirem-me daqui.
Pensando bem, esta ideia do envolvimento de Portugal na organização deve tratar-se de um expediente saloio para o Dr. Madail se eternizar, com enorme sacrifício pessoal e profissional (estou a falar a sério, não se riam), à frente do futebol português que tão bem anda com a sua sábia e desinteressada liderança.

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