sábado, 4 de janeiro de 2025

O CHEIRO DA TERRA MOLHADA

 Há pouco, já no fim da tarde fiz-me aos caminhos do monte para a voltinha do costume. Estão lindos, mas já se sente a falta da chuva que está anunciada para amanhã.

A verdade é que pouco depois começou a cair e rapidamente subiu da terra o inconfundível cheiro da terra molhada.

Este perfume sempre me faz lembrar, já aqui tenho referido, o Mestre Almada Negreiros na Invenção do Dia Claro, “Depois, o cheiro da terra molhada é que me faz de novo animar.”

Na verdade, nem me apeteceu vir para casa, continuei, mas sem ir “singing in the rain”. A minha voz afugentaria certamente a chuva.

Esperemos que as previsões se confirmem e amanhã chova uma chuva bem “chuvida”, como por aqui se fala, que molhe bem, mas que não estrague.

E são assim os dias do Alentejo.

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