Há pouco, já no fim da tarde fiz-me aos caminhos do monte para a voltinha do costume. Estão lindos, mas já se sente a falta da chuva que está anunciada para amanhã.
A verdade é que pouco depois
começou a cair e rapidamente subiu da terra o inconfundível cheiro da terra
molhada.
Este perfume sempre me faz
lembrar, já aqui tenho referido, o Mestre Almada Negreiros na Invenção do Dia
Claro, “Depois, o cheiro da terra molhada é que me faz de novo animar.”
Na verdade, nem me apeteceu vir
para casa, continuei, mas sem ir “singing in the rain”. A minha voz afugentaria
certamente a chuva.
Esperemos que as previsões se
confirmem e amanhã chova uma chuva bem “chuvida”, como por aqui se fala, que
molhe bem, mas que não estrague.
E são assim os dias do Alentejo.
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