quinta-feira, 8 de setembro de 2011

POUPAR NO PRESENTE PERDENDO NO FUTURO

Creio que nenhum de nós que conheça ou esteja minimamente atento ao funcionamento da administração pública nas suas mais variadas dimensões e áreas, duvida de que existe um volume significativo de desperdício e de ineficácia, quer ao nível da gestão e funcionamento, quer ao nível dos recursos mobilizados, humanos e materiais. Também no universo da educação se verifica esta situação.
Neste cenário, independentemente da conjuntura particularmente difícil em termos económicos e financeiros que atravessamos, é razoável e necessário um esforço de combate e contenção relativos ao desperdício e à ineficácia.
No entanto e pensando no caso particular do sistema educativo, este esforço não pode colocar em causa a qualidade e os apoios necessários ao trabalho bem sucedido dos alunos, dos professores, dos técnicos e funcionários, enfim, como se costuma dizer, da escola.
Acontece que o arranque do ano lectivo estará marcado pelos riscos enormes de carências e implicações negativas que os cortes impostos irão induzir.
A educação, traduzida na qualificação bem sucedida dos alunos, é o garante do futuro. Nesta perspectiva, que apesar de ser um lugar-comum é obviamente verdadeira, não podemos correr o risco de, ao combater em termos contabilísticos uma situação aflitiva imediata, hipotecar de forma indesculpável o desenvolvimento e a qualidade educativa do trabalho com as gerações em formação.
O futuro custar-nos-á muito mais caro do que o presente. Não teremos novas oportunidades.

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